Economia burra

Que atire a primeira pedra quem nunca se arriscou para fazer a atividade de um profissional com a justificativa de economizar dinheiro. Normalmente o resultado é desastroso, a gente não sabe fazer o trabalho, portanto demoramos mais tempo para executar o serviço e a qualidade depois de pronto é horrorosa.

Minha família é cheia de contadores e com o prazo para entrega da declaração de imposto de renda se aproximando, esses exemplos pipocam. “Não vou pagar para alguém fazer algo que eu mesmo posso fazer”, eles dizem, aí chega a carta da Receita Federal informando que caiu na malha fina e vai ter que pagar uma multa maior do que o serviço do contador.

Trazendo isso para a minha realidade, acontece muito com a cobertura de assistência funeral. Quando atendo um cliente, faço um serviço completo e incluo todas as coberturas que fazem sentido para ele. Via de regra, a pessoa vê valor nas coberturas de diárias de internação, doenças graves, invalidez e morte, mas quando chega a assistência funeral, o cliente “torce o nariz”. Mesmo que o valor seja pequeno e extensível para terceiros, o cliente pede para tirar do plano.

Obviamente que eu tiro mesmo porque é o cliente que bate o martelo, mas acho isso uma besteira sem tamanho. Já vi valores de R$ 12 por mês nessa cobertura que indenizava em até R$ 12 mil, ou seja, uma alavancagem grande. Mesmo assim, a pessoa não quer.

E aí, infelizmente, chega o dia do sinistro. Ele ou a família se vê totalmente sem chão e sem cabeça para organizar um enterro para um ente tão querido. Nesse momento, é lembrado que assistência funeral não é só um produto, é um serviço. Há um profissional experiente para cuidar de tudo e liberar a família para somente, absorver a dor da perda.

E vai por mim, isso não tem preço. Tirar a cobertura de assistência funeral é uma economia “burra”.

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Imagem de Pedro Alvares

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